Um dia um grande homem me disse: “Nunca arrisque aquilo que não se pode permitir perder”. Daí li uma notícia que uma moça salvou um cara de pular de um prédio com um beijo na boca. Logo pensei que essa deveria amar muito o rapaz. Mas não. Nem o conhecia. E tudo virou bagunça na minha cabeça. Como já era de se esperar não entendi de bate pronto. E conforme o tempo foi passando, nunca lembrei de parar pra pensar nisso. Hoje, ao contrário de outrora, penso naquele que foi um dos melhores conselhos que tive. E em momentos de indecisão, principalmente em questões que conflitam a razão e a emoção, esse conselho me é muito útil. E a chinesa heroína que citei a pouco, demonstra que tudo é muito valioso quando se tem outra pessoa em risco. Cuidar do próximo talvez seja o segredo para a cura de mutios dos males. Reparto com todos que acho que estão prontos pra assimilar a magnitude de tal frase, porque ela vem carregada de uma sabedoria imensurável. Eu não estava pronta para receber tal encargo, mas há coisas nessa vida que acontecem na hora que tem que acontecer. E com isso não se discute. Nem se altera. Apenas se aproveita. Se te servir já está de bom tamanho. Mas se não, o que vale foi a intenção. Agradeço pela confiança. Amadureço e só arrisco quando sei qual o alcance do meu pulo. E quando tenho alguém para me segurar. Tudo milimetricamente calculado.
Ao som de Kings of Leon - Use somebody