Tem que
ser mudo pra falar de amor. Afinal muito do falar de amor é silenciar. Deve-se
desejá-lo menor que o amor próprio, menor até que o orgulho. Buscá-lo em
qualquer situação não faz bem, não traz paz. O sossego pode estar na falta de
amor ou então no amor impossível. Já o amor distante é ardido e dá febre de
saudade. O amor esquecido sempre volta vez em quando assombrar-te em momentos
de fraqueza. Sua essência ninguém sabe ao certo. O amor querido pode ser não
correspondido. O amor abusado pode ser descontrolado. O amor pode ser amor
antes de ser. E tem também aquele que nunca foi mesmo acreditando que era. Amor
bonito mesmo é o de novela. Amor doído é o de verdade. Amor incondicional é o
de cachorro e sincero chamo de família. Sua ausência nunca vi. Senti-lo é
sinônimo de presença mesmo que ao contrário. Saber fazer falta só o amor sabe.
Misturar amor no cotidiano dá vida. O amor faz brilhar o olhar. Apoquenta o
coração. O amor correspondido é sorte. Ele dura infinito se deixar. O amor sentido
é escancarado. O amor abafado é carregado de sufoco. Já testemunhei tantas
tentativas de homicídio para o pobre coitado. Até suicídio. Mas o amor é
imortal. Ele vinga e sempre prevalece. O amor dá coragem e ao mesmo tempo enche
de medo. Ele se contradiz. Há uma infinidade de coisas relacionadas ao amor,
porque ele está em tudo. Não é de fugir. É de enfrentá-lo. Ensina-o a viver bem
contigo, que ele te ensinará coisas maravilhosas sobre os outros, você e a
vida. Identifique-o para tratá-lo bem. Use seu melhor sorriso. É importante
descobrir qual tipo de amor que te falta, que te basta, que te dói. Em meio a
tantos tipos de amor, ainda não sei qual eu levo no peito, mas quem sabe um dia
ele se mostre pra mim, todo bonito como era pra ser desde o começo!
Ao som de Los Hermanos - A flor