E faço pra me convencer de que não preciso, de que não quero ou de que não gosto. A gente tenta enganar os outros nos enganando. Distorce a realidade para se adaptar a uma vida sem sofrimento e sem risco. E funciona, por pouco tempo. Porque na verdade, o que é feito não reflete a verdadeira vontade. As pessoas deixam que o racional controle quando o emocional grita para ter voz. O orgulho se sobrepõe a qualquer tipo de sentimento e o esmaga. Faz isso com a desculpa dos fracos: proteção. Daí começa a história sobre aquela carta que não mandei, a mensagem que apaguei. Os pensamentos que não verbalizei. Tudo se torna patético quando se tem a certeza de que não se conta mais contigo. E que não tem comigo. Quero acreditar que assim vai ser melhor. Que não errei no que escolhi. E que não te dei oportunidade de voltar atrás. A ansiedade que tenho murcha cada dia mais. Espero que suma. Preciso acreditar nisso. O choro desesperado acontece esporadicamente. O aperto de não saber mais de você consome menos meu tempo. A sua falta é sentida e sua presença é utópica. E assim parece que não vai mais dar pé. Que não tem mais jeito. Penso e fico bem. Porque sei que nada vai mudar. E chega.
Ao som de Zeca Baleiro - Proibida pra mim
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