terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2012, seu lindo!


E foi então que eu decidi: 2012 ou nada! Porque ou o mundo acaba em 2012 ou eu acabo com o mundo. Não tem meio termo, meio certo, em cima do murismo. Vamos para o tudo ou nada. Afinal, quer melhor ano que esse. Cheio de desafios, expectativas, sonhos prestes a serem realizados, metas pseudo-concluídas... Quem me vê falando acha que sou ousada, mas quem conhece minha história sabe que sou bem sem vergonha. Porque vou colher frutos daquilo que plantei e cultivei por um bom tempo. Daí, me pego ansiosa, apostando todas as fichas naquele que acredito ser o melhor ano da minha vida. E falo isso de boca cheia pra quem ousar ouvir. Confio nisso com toda a convicção que cabe em uma pessoa. Nada vai abalar aquilo que se é e aquilo que se crê. Se você acompanha meu caminho não se deixará cegar pelo meu brilho. Muito pelo contrário, terá orgulho e absorverá as conquistas que também são suas. Eu surtei com a demora da felicidade em me encontrar. Fui atrás dela confiante de que iremos nos topar por aí. Visto o meu melhor sorriso e acordo com vontade de vingar. Porque a vitória é só uma questão de instantes, e o meu tempo é agora! Essa é a hora! Tá esperando o que pra me acompanhar?

Ao som de Gilberto Gil - A novidade
=]

domingo, 25 de dezembro de 2011

Termômetro quebrado


Porque há muito não havia qualquer resquício de vontade de escrever qualquer coisa. Não que a vontade sirva de termômetro na atual situação em que me encontro, mas o que ocorre é que uma hora tem que passar. Acontece é que a sensação de perdição não se descreve. Mal se entende. No entanto, se sente. Intenso, forte, contínuo e às vezes calmo. Mais ou menos por aí. Dói com muita intensidade e logo depois há uma calmaria inventada. Superficial. E então, não se sabe mais como agir. Ninguém te ensina a lidar com emoções. Isso é aceitável. O que não dá pra entender é como pode haver tantos sentimentos pra mesma dor. Ou tanta dor para o  mesmo sentimento. Não sei bem. O sufoco se mistura com a esperança, e depois vem o desespero que se cala com o otimismo repentino. Bipolaridade a parte, pode-se dizer que a inconstância é que maltrata. Antes de qualquer coisa, e apesar de tudo. Porque o limite só vê quem está distraído. Planeja-se acertar com o entusiasmo de um inocente, mas sem calcular o prejuízo de um calejado qualquer. Sabe sentir a falta e a ausência como ninguém. Saudade se torna especialidade praqueles que almejam algo além. Deseja-se o que se perdeu, reivindicando mais. Só que não se tem idéia do poder das palavras. E as lança ao vento. E as colhe espatifadas no chão, fazendo remendos incontáveis. O antiquado se mostra espetacular, de um modo bem particular.

Ao som de Maria Rita - Cara valente

sábado, 10 de dezembro de 2011

Guia de obrigações


Ultimamente ando me forçando a fazer muito daquilo que não gosto. Obrigo-me a escrever todo dia um pouco sobre algum assunto pertinente, a falar de mim, a expor sentimentos. Faço isso por ser algo que deve ser feito. Não é agradável e nem sei se há um resultado promissor no meio de tudo. Mas não me importo. Sei que a falta de tolerância por exemplo surge de um não saber aceitar o limite do outro. Respeite aquilo que se passa na vida do próximo, porque uma hora ou outra você vai passar pela mesma coisa e vai querer que te respeitem. A paciência é uma virtude rara. Só a desenvolve aquele que tem por meta ser bom para o outro. Faça para alguém além de si próprio. Quem sabe o resultado não te surpreenderá. Saiba o que fazer e isso influenciará no seu futuro. Esteja preparado para correr riscos e para se impor. Fingir torna a vida mais pesada, mais difícil e sofrida. Deixe que os outros enxerguem sua alma através de seus olhos. Seja do tipo que tem resquícios de otimismo e esperança no coração. Só para usar na hora H. Fale como se ninguém estivesse ouvindo e da forma mais verdadeira que puder. A oportunidade perdida de fazê-lo da maneira descrita te ferirá com a frustração de não ter feito e com a dúvida de saber ou não, se conseguirá ter outra chance. Os caminhos nos levam muito além das nossas expectativas. Saiba ser um bom guia. Siga a luz, mesmo que ela arda a vista ou queime a pele. Sua intensidade nem sempre demonstra aquilo que se deve sentir. O medo e tensão são testes de valentia. Não seja covarde, pois perderá a melhor parte. Escolha emoção. Use a razão apenas quando não tiver mais jeito. 

Ao som de Wish you were here - Pink Floyd

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Anjo da Guarda


Já se passaram quatro anos e eu continuo na mesma. Peço para acalmar meu coração. Imploro perdão e piedade. Almejo um pouco de integridade para conseguir continuar. Me humilho. Sou conveniente e desesperada. Reconheço. Admito a fragilidade. Não me envergonho, mas também não me exponho. Sou ouvida, porque nunca caí no seu esquecimento. Sei que posso contar contigo. Mesmo que para um desabafo, um pedido de ajuda qualquer. Não exijo que você me atenda. Apenas espero e desejo. Gosto de sentir que de alguma forma ainda conto contigo. Sei onde te procurar, e te encontro. Acredito na minha herança e dela jamais abdicaria. É o que me mantém firme em tempos de guerra. Difícil é a lição quando não se tem seu conselho, nem seu amparo. Mas não me entrego. Padeço em frente às adversidades, só não me rendo. Sofro, choro. A dúvida não paira em mim. Nisso posso confiar no meu coração. E talvez, essa seja a certeza que me guia. Ela que não me falta. Que me faz sentir perto, capaz e reconfortada. Gosto de ser entendida por aquele que entenderia, mesmo com meu mau jeito na hora de expressar. Quis tanto ser do jeito que me via, que consigo refletir exatamente desse jeito. Só não é mais meu espelho. O fora a algum tempo atrás. Hoje sou assim, metade sua, metade estranha, misturada numa coisa só, tentando fingir ser aquilo que se foi, e ao mesmo tempo aceitar aquilo que se é. Mesmo que não se tenha idéia do que se tornou. Não pode ser tão ruim assim. Não poderia, porque confio em você. Só te peço paciência. Pra mim, porque de você, não exijo nada além de tudo que você me dá. Aceito e agradeço. Sempre e pra sempre. 

Sem música ou links por hoje, porque a ocasião pede certo formalismo!

sábado, 19 de novembro de 2011

A dama e o tigre


Tenho uma história, que não lembro como conheci, mas que é bem a situação. Já que veio até mim a lembrança, acho importante compartilhar. Nosso cérebro não guarda o inútil nem nos lembra daquilo que não se aproveita para nada. Vamos a reflexão. Havia uma princesa que se apaixonou por um soldado da corte. Seu pai, o rei, descobriu e trancou o pobre homem numa sala com duas portas. Atrás de uma delas havia um tigre que iria estraçalhá-lo assim que a porta se abrisse. E na outra uma dama, com a qual ele viveria para o resto da vida. A escolha cabia a princesa. Termina assim. Por um momento pensei que o tigre nunca seria uma boa escolha. Que seria egoísmo desejar a morte por não agüentar ver o amor que achava seu em outrem. E percebi, que se eu fosse a princesa escolheria a dama sem titubear. Porque suportaria viver sem quem eu amo. Não agüentaria o peso da ausência e solidão que por outro lado o tigre me traria. Comecei a analisar o meu raciocínio. Num primeiro momento tive certeza que a grande maioria escolheria o tigre. E que eu deveria ter esse mesmo instinto. Mas não tive. Daí já tentei entender o por quê. E essa peculiaridade em mim, me traz sofrimento e paz. Sofro por ter desapego suficiente pra proporcionar alegria aos outros, mesmo que isso não me faça bem. E paz por saber que apesar de tudo, estou fazendo o que é certo. O que deveria ser feito. Penso então que um dia irei ter um outro soldado, que talvez possa ficar e me fazer bem. E poderei convidar a dama e o primeiro soldado para darmos boas risadas de tudo isso e de como o destino brincou de dar certo com nós. 
Ao som de U2 - Sunday blood sunday