Já se passaram quatro anos e eu continuo na mesma. Peço para acalmar meu coração. Imploro perdão e piedade. Almejo um pouco de integridade para conseguir continuar. Me humilho. Sou conveniente e desesperada. Reconheço. Admito a fragilidade. Não me envergonho, mas também não me exponho. Sou ouvida, porque nunca caí no seu esquecimento. Sei que posso contar contigo. Mesmo que para um desabafo, um pedido de ajuda qualquer. Não exijo que você me atenda. Apenas espero e desejo. Gosto de sentir que de alguma forma ainda conto contigo. Sei onde te procurar, e te encontro. Acredito na minha herança e dela jamais abdicaria. É o que me mantém firme em tempos de guerra. Difícil é a lição quando não se tem seu conselho, nem seu amparo. Mas não me entrego. Padeço em frente às adversidades, só não me rendo. Sofro, choro. A dúvida não paira em mim. Nisso posso confiar no meu coração. E talvez, essa seja a certeza que me guia. Ela que não me falta. Que me faz sentir perto, capaz e reconfortada. Gosto de ser entendida por aquele que entenderia, mesmo com meu mau jeito na hora de expressar. Quis tanto ser do jeito que me via, que consigo refletir exatamente desse jeito. Só não é mais meu espelho. O fora a algum tempo atrás. Hoje sou assim, metade sua, metade estranha, misturada numa coisa só, tentando fingir ser aquilo que se foi, e ao mesmo tempo aceitar aquilo que se é. Mesmo que não se tenha idéia do que se tornou. Não pode ser tão ruim assim. Não poderia, porque confio em você. Só te peço paciência. Pra mim, porque de você, não exijo nada além de tudo que você me dá. Aceito e agradeço. Sempre e pra sempre.
Sem música ou links por hoje, porque a ocasião pede certo formalismo!
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