Por Marjorye Smerecki
“Ainda não consigo ter o desapego de desejar e ficar feliz com a felicidade de alguns. Dói, machuca, tem coisas que não cicatrizam e tem pessoas que vão continuar sempre ocupando um espaço. Ajudaria se eu soubesse o que realmente você pensa, aquele pensamento antes de dormir, aquele quando damos uma repassada rápida no dia e nos preparamos para o dia seguinte... Eu já estive no seu dia seguinte e hoje o que eu mais queria era estar no de outro alguém, chega a ser engraçado... Talvez ele nem chegue a me descobrir como você, mas o importante é acreditar que as coisas mudam; e a gente muda! Muda tanto que hoje você não faz parte de mim; porque sim, durante algum tempo eu existi no plural.... É difícil fechar uma porta pra abrir outra, o medo nos faz cometer erros que talvez já definem um final sem o próprio início.... Não quero me tornar uma covarde mas ainda não sei se posso receber outra bofetada no coração.... E eu repito: dói, machuca... mas passa! Já tomaram meu coração; ou melhor, invadiram! Eu que ainda luto com o mais desesperado dos objetivos: não aceitar a minha triste condição dessa confusão das portas. É difícil rotular as coisas, estou apaixonada, estou isso ou aquilo.... Tenho problema com definições, tenho problema em aceitar que não controlo o incontrolável... Durante muito tempo achava que um “Eu te amo”, alianças entre outras coisas demonstravam realmente algum sentimento... Era fase, pobre de mim ainda não tinha sido surpreendida por você.... Surpreendente... É a maneira como eu gosto de definir o meu quase maior primeiro amor... Já o amor que aprendi a ter, aquele que me ensinaram... Eu deixei que o tempo e as imaturidades da idade o transformassem nisso que agora me machuca, talvez o que mais me machuca é não ter mais só pra mim aquele teu jeito bobo de me cuidar... Mas isso eu sei que não vai ser de mais ninguém... Porque eu não sou com o meu outro você o que era contigo... E quando falo meu outro você não pense que você é um outro... um substituto... hammm bom se fosse, você revirou a minha vida, e se estabeleceu sem eu ver como o “você” ou o “ele” que uso quando tô choramingando para as amigas as cagadas que provavelmente você ainda faz comigo e as que eu já cometi contigo... porque eu me decidi... eu quero você, eu quero correr o risco.... é engraçado porque por mais que eu pense ou tente ajeitar as coisas... não vai dar certo.... e as vezes a gente tem que ser realista; não vai dar mesmo! Mas eu decidi que esse ano é seu... que a maioria das coisas boas e ruins que eu vivi de algum modo está ligada a você... mesmo que seja só por uma lembrança... enfim, eu precisava me decidir, e nada melhor que uma insônia... porque rir de tudo é desespero? Não, não pra você, não com você! Mesmo sabendo que tudo não passa de uma jogadinha pra esconder todo esse mistério que é você, e convenhamos você é bem desvendável quando se olha por perto... e você não sabe o quanto é bom poder te conhecer... sinto falta hoje do seu cheiro, da sua perna me abraçando pra dormir, do seu pé que não para de coçar e me tirar o sossego... e isso meu amigo, isso a gente não escolhe. Eu lutei bastante pra que esse não fosse um dos meus pensamentos antes de dormir, mas de novo: isso a gente não escolhe. Minha mente é assim, uma mistura nebulosa entre o passado, presente e futuro... tenho crises, penso demais e sou diferente de tudo que você já viu... por mais que você já tenha visto muita coisa.... e acredite eu sei que você se importa comigo... talvez não do mesmo jeito que eu... aliás, se um dia a gente conseguisse ficar em sintonia com os sentimentos talvez eu tirasse logo essa minha dúvida a teu respeito. Sinto sua falta, droga mais um pensamento desconexo... Viu, é assim.... já me peguei com aquele sorriso besta por sua causa... e também já alterei completamente meu humor por sua culpa... não sou tão inconstante como você pensa... é que por causa dessas imbecilidades de sociedade e joginhos (olha lá... comecei a filosofar já) seguindo.... essas convenções ridículas da vida não se pode dizer o que se sente... eu não posso dizer que estou ... o que imagino se chame perdidamente apaixonada.... e agora me faz sentido o termo perdidamente... ninguém em sã consciência quando apaixonado está seguro... faz parte do pacote estar perdido e agir como idiota... é por isso que eu queria tanto te falar, só falar. Me dá um tempo... eu demoro, mas vale a pena....me descobre que o resto.... ahhhh o resto é só o resto? Não, o resto nem sempre é só a sobra... ás vezes é aquilo que a gente sempre buscou...Tá tá tá já dá pra parar de viajar né... enfim é mais ou menos por ae.... Por fim, me irrita pensar tanto assim em você, é serio mas mesmo assim eu sigo rindo.”
Ao som de: Adele- Someone Like you
PARABÉNS MEU AMOR PELO SEU DIA! =]
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